Vereadores da Câmara de Santo André aprovaram, na tarde desta terça-feira (25), projeto de lei do Executivo que restabelece o salário dos engenheiros e arquitetos da Administração direta e indireta. Trata-se, apenas, de alteração da nomenclatura que irá flexibilizar o remanejamento de pessoal nos diversos departamentos, conforme a necessidade do serviço e a afinidade do servidor com as atividades desenvolvidas em cada setor, o que já acontece na prática. Grupo de profissionais esteve na Câmara, acompanhando a sessão, e vibraram com a posição dos parlamentares, que foram favoráveis ao projeto – votado em primeira e segunda discussão.
Vale lembrar que a remuneração recebida por estes profissionais não tem acompanhado as atualizações salariais da categoria, estando inferior aos valores de mercado, se comparados aos municípios vizinhos e outros órgãos públicos e, até mesmo, abaixo do piso salarial profissional mínimo fixado por legislação federal. Leis que estabelecem que o piso salarial para o engenheiro e arquiteto, em início de carreira, deva ser de seis salários mínimos mensais para jornada de trabalho de 6h diárias, sendo que, para as horas que excederem este período, devem ser acrescidos 25% no valor da hora. Portanto, para jornada de 8h diárias, o piso salarial mínimo é de 8,5 salários mínimos, ou seja, R$ 6.154 mil.
Toninho de Jesus (SDD) ressaltou que acompanha a luta dos profissionais na Casa de Leis há, pelo menos, seis anos. “Chegou o dia do resultado final e inicia-se um diálogo para reparar a grande perda que vocês tiveram. Precisamos que estes profissionais se formem e ganhem um salário justo aqui em nossa cidade, sem precisar se deslocar para municípios vizinhos”, afirmou o vereador. Quem também parabenizou a categoria foi o parlamentar José Montoro Filho, Montorinho (PT), que mencionou sobre outros dois projetos que chegará a Casa de Leis, ainda este ano, visando reposição salarial para fiscais da administração.
Os arquitetos, engenheiros e tecnólogos existentes no quadro de servidores públicos da Administração desempenham variadas funções, tais como nos setores de abastecimento público, gerenciamento do trânsito e transporte municipal, planejamento urbano, preservação do patrimônio cultural, elaboração de pareceres técnicos, entre outras atribuições. Devido a importância destas tarefas, estes profissionais estão presentes em quase todas as secretarias municipais e autarquias, entre elas, Secretaria de Mobilidade Urbana, Obras e Serviços Públicos; Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação; Secretaria de Cultura e Turismo.
Confira as demais matérias aprovadas nesta terça-feira:
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