Em destaque Câmara realiza segunda audiência sobre Parque Guaraciaba

Câmara realiza segunda audiência sobre Parque Guaraciaba

Santo André, 26 de maio de 2015. A Câmara de Santo André promoveu, na última segunda-feira (25), discussão de assuntos relacionados ao Parque Guaraciaba. O presidente do evento foi o vereador Luiz Zacarias (PTB), que compôs a mesa do ato ao lado do diretor Nelson Ota, que representou o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação de Santo André, Paulo Piagentini; o presidente do MDV (Movimento em Defesa da Vida do Grande ABC), Virgílio Alcides de Farias, e o diretor de resíduos sólidos Ednilson Ferreira dos Santos, representando o suXXperintendente do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) Sebastião Ney Vaz. Vereadores e membros da Comissão do Parque Guaraciaba, também, estiveram presentes.

Essa é a segunda vez que a Casa promove audiência pública para tratar do assunto, principalmente, após incidência de mortes no local. O intuito é que, agora, a Casa encaminhe ao Executivo documento com o posicionamento dos moradores, que puderam explanar as dificuldades e o que idealizam para que o parque venha a se tornar área de lazer segura.

Os membros da comissão pensam, ainda, em promover terceira audiência, só que dessa vez, na própria comunidade. Para Luiz Zacarias, pouco se avançou sobre possíveis mudanças. “Não evoluímos. Não senti nada que pudesse nos dar esperança de que, daqui há dois meses, haverá melhorias. Que o governo estude, pelo menos o mínimo que pode ser feito, para que a população seja respeitada e conte com espaço que possa ser usufruído com segurança”, afirmou o parlamentar.

Nos últimos tempos, o lago do Parque Guaraciaba foi apelidado de “tancão da morte”, pelo fato de, há mais de 20 anos, ser local de diversas mortes. Até agora, quase 40 pessoas morreram por afogamento no local e, mesmo com placas de proibido nadar, jovens se aventuram, como foi o caso de cinco amigos que, em janeiro do ano passado, perderam suas vidas. O parque, com mais de 78 mil metros quadrados de área, durante a década de 1970 serviu para extração de areia e pedra. O volume retirado deu origem a uma enorme cratera que preservou águas da chuva. O lago chega a ter 60 metros de profundidade e mais de 1,4 milhão de metros cúbicos de volume.

A população passou a fazer uso da área em 1980 e, em 1996, a Câmara de Santo André aprovou decreto que tornou o espaço área de preservação ambiental, como forma de impedir acidentes. Em 2014, a prefeitura cogitou utilizar a água do lago para lavar ruas e regar praças, proposta apresentada logo quando iniciou a crise hídrica. Já ambientalistas defendem a mesma proposta, pois são contra o aterramento parcial ou total do lago. O vereador Almir Cicote (PSB) chegou a apresentar emenda no valor de R$ 1,2 milhão, destinada ao parque, proposta rejeitada pelo prefeito Carlos Grana (PT), que propôs dialogo com a população para encontrar uma solução comum.

 

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