Em destaque Presidente Ronaldo de Castro visita Associação dos Ex-Combatentes do ABCDMRR

Presidente Ronaldo de Castro visita Associação dos Ex-Combatentes do ABCDMRR

O presidente da Câmara de Santo André, Ronaldo de Castro (PRB), visitou, na tarde desta quarta-feira (21), a Associação dos Ex-Combatentes do ABCDMRR, localizada na Vila Guiomar. O vereador foi recebido pelo segundo tenente e presidente da entidade, Miguel Garofalo, de 93 anos de idade. O objetivo do encontro possibilitou que Ronaldo conhecesse o acervo histórico de mais de 100 itens em materiais bélicos utilizados durante a Segunda Guerra Mundial, entre eles, macas, baionetas, cantis, munição, uniforme militar. Além disso, o parlamentar teve a oportunidade de se inteirar da atual situação enfrentada no local.

Conforme já foi relatado pelos veículos de imprensa da região, a associação, popularmente conhecida como Museu da Segunda Guerra Mundial, sobrevive de contribuição mensal dos associados, incluindo ex-combatentes e viúvas. No entanto, a entidade já chegou a ter 600 associados, número que foi reduzido para 65. Em 1992, a associação foi tombada pelo Comdephaapasa (Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico-Urbanístico e Paisagístico de Santo André), sendo que o imóvel que abriga a sede é oriundo de uma concessão municipal, registrada em 1977.

De acordo com o filho de Miguel, Kiko Garofalo, que também trabalha no museu, é necessária subvenção no valor de R$ 10 mil mensal para custear despesas, como manutenção, vigilante terceirizado, funcionário que possa atuar como guia e acompanhar excursões, entre outros. Porém, a arrecadação da associação gira em torno de R$ 4 mil. Miguel explicou que já foi solicitado à Prefeitura de Santo André, Ministérios e até empresas privadas, que seja feito repasse de verba evitando que o museu venha a fechar as portas. Só a biblioteca do local conta com acervo de mil livros, revistas e dossiê de 250 ex-combatentes – material pesquisado por estudantes quase que diariamente.

Para Ronaldo, a situação da associação é bem delicada, devido à falta de amparo do poder público e até de políticas públicas que incentivem a visitação ao museu como forma de fomentar a pesquisa e eventos relacionados à Segunda Guerra Mundial. “Tivemos um marco importante na história do mundo e aqui em Santo André, em pleno século 21, um local que nos remete a um verdadeiro acampamento de guerra. Inclusive, temos a oportunidade de conversar com alguém que participou de tudo isso e que, como muitos, lutaram com o sonho de voltar para casa. Não podemos permitir o fim da associação”, ressaltou o presidente da Câmara.

Histórico:

A associação foi fundada no dia 06 de outubro de 1963, tendo completado 51 anos de existência no ano passado. A entidade passou a existir com o propósito de auxiliar brasileiros que, aqui ou na Itália, serviram a Pátria durante a 2ª Guerra Mundial. Entre 1939 e 1945, época em que aconteceu a 2ª Guerra Mundial, o Brasil chegou a mandar 25.445 soldados veteranos, popularmente conhecidos como pracinhas, para lutar, sendo que 451 morreram em combate, os outros 2.772 ficaram feridos na tomada de Monte Castelo, na Itália, incluindo o presidente da associação. Além disso, 35 homens foram feitos prisioneiros e 16 desapareceram.

 

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